sexta-feira, 27 de julho de 2007

A vida mudou

Hoje comecei uma nova fase da minha vida. A vida é feita de fases, e dos eventos que as separam. Há todos os tipos de eventos os longos os curtos, os chatos os interessantes, os bons os maus, mas todos, todos sem excepção são importantes. Afinal de contas marcam uma mudança, marcam o final de uma fase, a sua morte, marcam uma transição para uma nova fase, o seu nascimento. São estas pequenas mudanças, estas transições que fazem a vida interessante enquanto passamos de fase em fase.

Podemos ver, por exemplo, as fases da vida através da praia. Ou daquilo que levamos para lá. Ou daquilo que precisamos de levar. Começamos por não levar nada... é tudo levado por nós. Até chegamos a andar sem fato de banho. Depois começamos a levar fato de banho apenas... quem e que precisa de toalha. Depois talvez os desportos de praia... e vai a prancha o fato. Depois isso passa (para alguns) e já é preciso uma toalha para não fazer nada. Umas raquetes, uma bola, o colchão, o disco voador... enfim cada um terá o seu brinquedo favorito. Cada brinquedo, ou apetrecho provavelmente estará ligado a um ano, a uma fase, a uma transição.

Hoje fui ao hipermercado numa missão. Missão essa que marca uma transição. Transição que por uma lado me preocupa, mas que devido a outra transição é inevitável que mais não seja por questões económicas! Mas contava eu, fui ao supermercado numa missão. A missão de regressar com um apetrecho para a praia que marcará a minha vida. A missão foi um sucesso, trouxe para casa o meu primeiro guarda sol. Preciso dele para ir à praia com o meu filho, que não pode passar um dia ao sol e que por enquanto fica onde o colocamos. Confesso que nunca pensei levar um guarda sol para a praia. Se o sol estivesse quente demais ia até à agua, até ao bar, até à sombra mais próxima. Mas o meu próprio guarda sol? Nunca pensei.

Isto tudo ocorreu-me ao olhar para todos os outros apetrechos que nunca hei-de levar. As geleiras, as cadeiras, os pára ventos, as almofadas. Não nunca pensei eu a escolher a cor do guarda-sól. Deus me livre de ir todo carregado para a praia pensava enquanto tentava perceber o porquê da diferença de 5 euros de dois modelos aparentemente idênticos. Era a capa que o protegia, eram os tubos mais grossos, era o tecido mais grosso. Venha o mais caro que é capaz de durar mais. Mas espera... era bom que tivesse uma dobradiça ao meio para quando o sol não vem apenas de cima e não queremos a nossa sombra. Mais uma volta, mais uma voltinha, mais um olhar às geleiras, mais uma passagem pelas cadeiras, almofadas e pára ventos. Não havia. Voltei à secção dos guarda-sóis. Escolhi o que queria. Abanei a cabeça resignado. Na outra mão levava um pacote Jumbo de fraldas. Paguei e fui para casa. Amanha vou para a praia. A vida mudou.

1 comentário:

Anónimo disse...

Vai contando mais!!!

Preciso de dicas! hehehe