segunda-feira, 30 de junho de 2008
Coisas que me chocam...
Vêm algo de errado com a imagem acima? Eu explico.
Entrou esta família neste café. Sentaram-se. O Pai sacou do jornal. A mãe sacou do jornal. A filha sacou da revista e a segunda filha que tinha ido a casa de banho na altura desta foto, sacou também de uma revista. Fizeram uma breve pausa para fazer o pedido de pequeno almoço, e continuaram a leitura. Durante os cerca de 20 minutos que eu ali estive, ao lado, não falaram. Nada. Nem uma palavrinha. Veio a comida, rearrumaram as revistas e jornais, mas continuaram como se nada fosse, a ler e a ignorarem-se mutuamente.
Sou o único a ficar chocado com isto?
terça-feira, 24 de junho de 2008
Respeito por indivíduos com deficiência vertical...
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Pierre the French fighter pilot
A pedido... ;-)
Pierre, a brave French fighter pilot, takes his girlfriend, Marie, out on a pleasant little picnic by the River Seine. It's a beautiful day and love is in the air.
Marie leans over to Pierre and says: "Pierre, kiss me!"
Our hero grabs a bottle of Merlot and splashes it on Marie's lips.
"What are you doing, Pierre?", says the startled Marie.
"I am Pierre, the fighter pilot! When I have red meat, I like to have red wine!"
She smiles and they start kissing.
When things began to heat up a little, Marie says, "Pierre, kiss me lower."
Our hero tears her blouse open, grabs a bottle of Chardonnay and starts pouring it all over her breasts.
"Pierre! What are you doing?", asks the bewildered Marie.
"I am Pierre, the fighter pilot! When I have white meat, I like to have white wine!"
They resume their passionate interlude and things really steam up.
Marie leans close to his ear and whispers, "Pierre, kiss me lower!"
Our hero rips off her underwear, grabs a bottle of Cognac and pours it in her lap. He then strikes a match and lights it on fire.
Marie shrieks and dives into the river. Standing waist deep, Marie throws her arms upwards and screams furiously,
"PIERRE, WHAT IN THE HELL DO YOU THINK YOU'RE DOING?"
Our hero stands up, defiantly, and says, "I am Pierre, the fighter pilot! When I go down, I go down in flames!"
Nissan GT-R Marketing
Nissan GT-R (ex-Skyline). Um carro mítico. Com performances similares, ou até melhores, que muitos "super-carros", mas a um preço mais simpático. Informações não oficiais dizem que deu uma voltinha a Nürburgring dois segundos mais rápido que um 911 Turbo. Este Nissan, já disponível no Japão está a ser um sucesso, havendo inclusive quem se esteja a dar ao trabalho de os exportar usados para vários cantos do globo. Na Europa irão estar disponíveis com cheirinho a novo na Primavera de 2009, o que não quer dizer que não se possa já pagar uma avultada quantia para garantir um carrinho da primeira fornada com destino Europeu.
Dizem que são centenas de condutores que já pagaram o sinal que recentemente receberam no correio um objecto estranho metálico com as marcas GT-R acompanhado de uma carta.
Este objecto é uma fita métrica que após uma cuidada leitura da carta servirá para que os futuros donos dos Nissan GT-R possam medir as suas cabeças. Para quê? Para que a Nissan possa ter capacetes personalizados preparados a tempo das lições de condução grátis no circuito de Nürburgring para que possam tirar melhor proveito das suas máquinas.
Ninguém me quer oferecer um?
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Acabou
Podemos então voltar aos problemas actuais do país e proposta de soluções? Muito obrigado. Arrumem as bandeirinhas que em 2010 há mais. Até lá, mostrem antes orgulho pela nossa língua e pelo que de melhor por cá se faz. Procurem orgulhos que não envolvam estrelas sobre-pagas aos chutos a objectos esféricos. Há tanto motivo de orgulho que não esse. Há coisas más? Sim. Esforcem-se para as mudar em vez de as discutir sobre uma mesa à refeição. Apesar de também isto ser importante. Participem, não sejam espectadores. Amanhã podem cá não estar e ficarão apenas aqueles que hoje amam. Senão por vocês, por eles.
Marketing ao contrário
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Elephants
Li isto em tempos, enviado pelo amigo Pedro, mas lembrei-me da história recentemente por acontecimentos não relacionados. Ainda sorrio quando leio esta história. Um tipo de humor que aprecio bastante. Lamento estar em Inglês, mas também acho que esta língua se presta mais a este tipo de humor.
Tinha isto para aqui arquivado no computador há muito tempo. Não conheço a origem.
In 1986, Dan Harrison was on holiday in Kenya after graduating from Northwestern University. On a hike through the bush, he came across a young bull elephant standing with one leg raised in the air. The elephant seemed distressed, so Dan approached it very carefully.
He got down on one knee and inspected the elephant's foot and found a large piece of wood deeply embedded in it. As carefully and as gently as he could, Dan worked the wood out with his hunting knife, after which the elephant gingerly put down its foot. The elephant turned to face the man, and with a rather curious look on its face, stared at him for several tense moments.
Dan stood frozen, thinking of nothing else but being trampled. Eventually the elephant trumpeted loudly, turned, and walked away.
Dan never forgot that elephant or the events of that day.
Twenty years later, Dan was walking through the Chicago Zoo with his teenaged son. As they approached the elephant enclosure, one of the creatures turned and walked over to near where Dan and his son Dan Jr. were standing. The large bull elephant stared at Dan, lifted its front foot off the ground, and then put it down. The elephant did that several times then trumpeted loudly, all the while staring at the man.
Remembering the encounter in 1986, Dan couldn't help wondering if this was the same elephant. Dan summoned up his courage, climbed over the railing and made his way into the enclosure. He walked right up to the elephant and stared back in wonder. The elephant trumpeted again, wrapped its trunk around one of Dan's legs and slammed him against the railing, killing him instantly. Probably not the same elephant then.
Tinha isto para aqui arquivado no computador há muito tempo. Não conheço a origem.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
O Google e as buscas...
Está aqui o top cinco de pesquisas esquisitas no Google que vieram parar ao meu blog. Top 5 nomeadas por mim, claro está. Não me deixa de espantar as coisas que pesquisam no Google e mais me espanta que venham parar a este canto da net. As voltas que os electrões dão.
Número cinco: "menores de idade"
Tudo por causa disto. Por um lado preocupo-me pela busca em si. Por outro lado riu-me do resultado.
Número quatro: "quais os bons alvos para arma de pressão"
Em 2005 escrevi uma história dum acidente que tíve com uma pressão de ár. Desde esse texto recebo um sem fim de visitantes à procura de peças para as suas espingardas de pressão de ár. Este é o primeiro a procurar alvos. Espero que não fosse o mesmo das menores de idade.
Número três: "como se deve tomar oleo de ricino?"
Percebo o texto que originou este resultado. Não foi com certeza o resultado que o "buscante" procurava. Espero que tenha mudado de ideias... ouvi dizer que aquilo põe uma pessoa de máu humor.
Número dois: "o meu televisor esta avariado e ainda nao fez 15 dias! que faço?"
Eis uma busca bastante completa. Mesmo. Onde foi parar? À telenovela da Zon provavelmente.
Número um: "comi uma velhinha"
Nem sei o que dizer. Mesmo. Isto deve ter ido parar aqui.
Número cinco: "menores de idade"
Tudo por causa disto. Por um lado preocupo-me pela busca em si. Por outro lado riu-me do resultado.
Número quatro: "quais os bons alvos para arma de pressão"
Em 2005 escrevi uma história dum acidente que tíve com uma pressão de ár. Desde esse texto recebo um sem fim de visitantes à procura de peças para as suas espingardas de pressão de ár. Este é o primeiro a procurar alvos. Espero que não fosse o mesmo das menores de idade.
Número três: "como se deve tomar oleo de ricino?"
Percebo o texto que originou este resultado. Não foi com certeza o resultado que o "buscante" procurava. Espero que tenha mudado de ideias... ouvi dizer que aquilo põe uma pessoa de máu humor.
Número dois: "o meu televisor esta avariado e ainda nao fez 15 dias! que faço?"
Eis uma busca bastante completa. Mesmo. Onde foi parar? À telenovela da Zon provavelmente.
Número um: "comi uma velhinha"
Nem sei o que dizer. Mesmo. Isto deve ter ido parar aqui.
Ainda na Suiça...
Já falei da ferrenha neutralidade dos Suíços.
A segunda coisa que reparei na Suiça é a calma e silêncio nas ruas. A uma segunda-feira ao meio da tarde é impressionante. Percebo perfeitamente o porquê deste povo não pertencer à "nossa" Europa. Existe realmente uma sensação de calma enquanto se passeia pelas ruas. Não se ouve buzinas, não se ouve escapes, não se ouve camionetas a guincharem ao travar... até os eléctricos parecem mais silenciosos.
A terceira coisa é a limpeza. Não há nada no chão. Nem beatas, nem pastilhas, nada. Infelizmente o chão é feio, nada tem a ver com a nossa bonita, mas pouco prática, calçada Portuguesa. Ao chão na Suiça só lhe falta brilhar. Quando à porta de um hotel assisto à cena da fotografia abaixo percebo a razão.
A segunda coisa que reparei na Suiça é a calma e silêncio nas ruas. A uma segunda-feira ao meio da tarde é impressionante. Percebo perfeitamente o porquê deste povo não pertencer à "nossa" Europa. Existe realmente uma sensação de calma enquanto se passeia pelas ruas. Não se ouve buzinas, não se ouve escapes, não se ouve camionetas a guincharem ao travar... até os eléctricos parecem mais silenciosos.
A terceira coisa é a limpeza. Não há nada no chão. Nem beatas, nem pastilhas, nada. Infelizmente o chão é feio, nada tem a ver com a nossa bonita, mas pouco prática, calçada Portuguesa. Ao chão na Suiça só lhe falta brilhar. Quando à porta de um hotel assisto à cena da fotografia abaixo percebo a razão.
terça-feira, 17 de junho de 2008
Goloooooooooo!
A qualidade da fotografia, ou falta dela, não deixa ver, mas a baliza tem uma bola pendurada por um fio de nylon que nos encoraja a marcar sucessivos golos. Podemos ter perdido com a Suíça, mas aqui marquei muito golo! Cerveja é assim. De notar também o pequeno anúncio à Alka Seltzer, comprimido efervescente que recentemente começou a fazer concorrência ao Gurosan... pelo menos no que a marketing diz direito.
As miúdas Portuguesas são todas umas antipáticas!
Há dias de manhã que um gajo à tarde não devia sair à noite. É verdade. O dia começou às cinco e meia da manhã para apanhar um avião às sete e quarenta e cinco. Ás seis da manhã estava a caminho na minha Vespa que ia pernoitar no parque do aeroporto e às seis e meia estava a caminho do balcão de check-in com mais cinco colegas. Mais café menos café, seis e quarenta e cinco estamos ao balcão. Uma hora antes. Diz o senhor do outro lado "Lamento mas o check-in já fechou, talvez ali no check-in sem bagagem possam ajudar..." Corremos. "Não, lamento mas este voo está fechado, talvez consigam outro voo aqui no balcão ao lado" Conseguimos. Por mais cento e setenta euros. Balcão de check-in fechado uma hora antes do voo?? Cheira-me que ainda voltarei a este assunto neste mesmo local, mas por enquanto fiquemos assim para não divagar muito. Resumo da manhã: Acordar às cinco e meia para apanhar um voo ao meio dia e um quarto. Ao menos tomei um bom pequeno almoço, ou pelo menos o preço do mesmo no talão indica que sim. Por dez euros e meio deve ter sido um farto repasto. Sim, sim.
A tarde começou já dentro do avião com trinta minutos de atraso. Não é grave. Contas feitas ainda havia tempo. Tempo para quê? Para ir ver o jogo claro está!! Ainda não tinha dito? Ah, pois não. Peço desculpa. Devia ter começado por aí. Pelo destino da viagem: Basileia para ver o jogo Portugal, Suíça. Claro que assim já percebem porque a noite não foi grande coisa, mas adiante: estávamos na tarde, num avião com trinta minutos de atraso. Do aeroporto à estação de comboios são meia dúzia de escadas rolantes e lá encontrámos o comboio para a Basileia. Uma hora depois estamos com o nosso motorista de cachecol da selecção, apesar de Suíço. Pequena pausa para reflectir que estes Suíços levam a sua ferrenha neutralidade muito a sério. Da estação para um hotel para ir buscar bilhetes, de um hotel para outro para pousar as malas e rapidamente para o estádio que já se fazia tarde. Pensava eu. Enganei-me.
Devido aos atrasos, compreensivamente, atrasamos um pouco as refeições. O economicamente farto pequeno almoço à saída e os usuais banquetes aeronáuticos deixaram-nos com alguma larica. Pequena pausa para verificar no meu dicionário digital o verdadeiro sentido da palavra. Confirma-se a definição. Iremos com certeza comer um cachorro, ou hamburguer, ou pizza ou qualquer coisa destas regada com muita cerveja no estádio porque o objectivo é ir ver o jogo! Enganei-me. Há colegas que insistem em comer pratos quentes de garfo e faca. Assim fizemos. Comi um Carpaccio. Vamos então? Não. Ainda querem sobremesas. Vamos? Não, ainda vai um cafézinho. Inicio de jogo às oito e quarenta e cinco, eram oito. Nisto entra o nosso motorista com a informação que pelo menos cinquenta minutos iríamos demorar a entrar! Já se previa. Conta não conta, pagar não pagar: oito e um quarto. Trinta minutos. Conseguiremos?
Fomos a uma velocidade furiosa para o estádio, passados três check-points com policia e militares estrada fechada e a partir dali só a pé. Vamos! Enganei-me. Quer dizer. Vamos mas devagarinho que um colega já tinha sessenta e sete anos e antes devagarinho do que não chegar. Ok. Foi um pouco de stress, mas no fundo, no fundo até chegámos a tempo de ver o "kick off". Até de comprar uma cerveja antes do kick off por oito, sim oito, euros. Preferia um pouco mais de tempo, mas tínhamos chegado a tempo e horas, ou minutos direi, que era o que interessava.
A noite começou no estádio. O jogo começou. Não preciso dizer mais nada, pois não? Pois. Os Suíços jogaram, nós não. Fiquei na dúvida se aquela seria a segunda ou se seria antes a terceira equipe. Sim temos de poupar as estrelas, sim o Scolari fez bem.. mas porra, era preciso termos jogado tão mal? Espero nunca depender deste conjunto de jogadores para ganhar qualquer coisa.
A esta altura já o caro leitor se está a questionar que raio tem o titulo a ver com este texto. Eu esclareço. Nada. Por enquanto nada. A noite lá seguiu, com um pouco de tristeza ou frustração, mas seguiu para jantar num restaurante mercado para as onze da noite. Havia mais turcos que Suiços na rua a celebrar. Lá está a ferranha neutralidade novamente. Bem sei que estão excluídos, mas ao menos que celebrassem um jogo. O jantar correu sem incidentes de maior exceptuando do facto de a cozinha ter fechado a meio do jantar deixando-nos sem sobremesa. Lá ficámos nos copos até sermos expulsos do restaurante. Literalmente.
Uma manhã atribulada. Uma tarde à pressa. Uma noite frustrante. Assim acabou o dia. Para alguns.
Dia seguinte foi calmo. Passear e almoçar. Fazer as malas e viajar. Achei espantoso o check-in completo ser feito na estação de comboios e fora um atraso de quarenta e conco minutos no voo, nada a assinalar ou a marcar neste dia. Foi a noite que foi diferente.
Já junto à Vespa, ainda lá estava inteira e capacete no sitio. Tira o casaco do porta luvas, enfia o capacete, prende a mala com dois elásticos e siga. Bela noite. Segunda circular e vamos antes pela marginal que a noite está boa. Boa não. Linda. Lua quase cheia. Temperatura fresca mas amena. O rio e eventualmente mar, fantástico.
No constante pára arranca da marginal, entre semáforos de velocidade ou de cruzamento e rotundas, reparo que passo sempre por um carro que pouco depois me passa também. Reparo que lá dentro vai uma miúda. Ao terceiro ou quarto semáforo, sexta ou oitava ultrapassagem, pondero um sorriso e um aceno. Não o faço para não me desiludir, as miúdas Portuguesas são todas umas antipáticas. Vai com certeza arrebitar o nariz, acusar-me de violação enquanto procura o seu spray de pimenta para me neutralizar.
Mais uma paragem e olho para o lado, para ver melhor quem vai ao volante. Não só é uma miúda, como ainda por cima é bem gira. Um bonito sorriso. Sorriso? Sim! É ela que sorri para mim e me acena à medida que arrancamos do sinal. Aceno e sorrio de volta. Ela baixa-se atrás do volante como se estivéssemos a fazer uma corrida. Solto uma gargalhada e faço o mesmo. Claro que o Punto passa a Vespa, mas nem estávamos a acelerar. Era mais o gozo. Rotunda, passo por ela. Recta, passa ela por mim. Sinal vermelho lá nos encontramos outra vez. Mais uns sorrisos, mais uns teatros de corridas e passamos um pelo outro mais umas vezes. Sempre a rir.
Mais um sinal vermelho, olho para o lado e ela diz-me adeus, que vai virar. Faço-lhe sinal que tenho pena, ela diz-me que gosta da minha Vespa eu pergunto-lhe por sinais "então e eu??" Ela desata-se a rir o sinal vira verde despedimo-nos mais uma vez e fomos cada um a seu caminho. Eu com um sorriso de orelha a orelha, com a noite ganha. O dia ganho, diria mesmo. Imagino que ela também deve ter ido ao seu destino com um sorriso. É preciso tão pouco para andarmos todos mais bem dispostos. Uma pitada de sentido de humor com uma dose de sorriso e está a mistura feita para o bom humor. Se por ventura algum dia me leres miuda do punto branco com tampa de gasolina preta: Obrigado.
Não. As miúdas Portuguesas NÃO são todas antipáticas. Há excepções. Esta foi uma.
A tarde começou já dentro do avião com trinta minutos de atraso. Não é grave. Contas feitas ainda havia tempo. Tempo para quê? Para ir ver o jogo claro está!! Ainda não tinha dito? Ah, pois não. Peço desculpa. Devia ter começado por aí. Pelo destino da viagem: Basileia para ver o jogo Portugal, Suíça. Claro que assim já percebem porque a noite não foi grande coisa, mas adiante: estávamos na tarde, num avião com trinta minutos de atraso. Do aeroporto à estação de comboios são meia dúzia de escadas rolantes e lá encontrámos o comboio para a Basileia. Uma hora depois estamos com o nosso motorista de cachecol da selecção, apesar de Suíço. Pequena pausa para reflectir que estes Suíços levam a sua ferrenha neutralidade muito a sério. Da estação para um hotel para ir buscar bilhetes, de um hotel para outro para pousar as malas e rapidamente para o estádio que já se fazia tarde. Pensava eu. Enganei-me.
Devido aos atrasos, compreensivamente, atrasamos um pouco as refeições. O economicamente farto pequeno almoço à saída e os usuais banquetes aeronáuticos deixaram-nos com alguma larica. Pequena pausa para verificar no meu dicionário digital o verdadeiro sentido da palavra. Confirma-se a definição. Iremos com certeza comer um cachorro, ou hamburguer, ou pizza ou qualquer coisa destas regada com muita cerveja no estádio porque o objectivo é ir ver o jogo! Enganei-me. Há colegas que insistem em comer pratos quentes de garfo e faca. Assim fizemos. Comi um Carpaccio. Vamos então? Não. Ainda querem sobremesas. Vamos? Não, ainda vai um cafézinho. Inicio de jogo às oito e quarenta e cinco, eram oito. Nisto entra o nosso motorista com a informação que pelo menos cinquenta minutos iríamos demorar a entrar! Já se previa. Conta não conta, pagar não pagar: oito e um quarto. Trinta minutos. Conseguiremos?
Fomos a uma velocidade furiosa para o estádio, passados três check-points com policia e militares estrada fechada e a partir dali só a pé. Vamos! Enganei-me. Quer dizer. Vamos mas devagarinho que um colega já tinha sessenta e sete anos e antes devagarinho do que não chegar. Ok. Foi um pouco de stress, mas no fundo, no fundo até chegámos a tempo de ver o "kick off". Até de comprar uma cerveja antes do kick off por oito, sim oito, euros. Preferia um pouco mais de tempo, mas tínhamos chegado a tempo e horas, ou minutos direi, que era o que interessava.
A noite começou no estádio. O jogo começou. Não preciso dizer mais nada, pois não? Pois. Os Suíços jogaram, nós não. Fiquei na dúvida se aquela seria a segunda ou se seria antes a terceira equipe. Sim temos de poupar as estrelas, sim o Scolari fez bem.. mas porra, era preciso termos jogado tão mal? Espero nunca depender deste conjunto de jogadores para ganhar qualquer coisa.
A esta altura já o caro leitor se está a questionar que raio tem o titulo a ver com este texto. Eu esclareço. Nada. Por enquanto nada. A noite lá seguiu, com um pouco de tristeza ou frustração, mas seguiu para jantar num restaurante mercado para as onze da noite. Havia mais turcos que Suiços na rua a celebrar. Lá está a ferranha neutralidade novamente. Bem sei que estão excluídos, mas ao menos que celebrassem um jogo. O jantar correu sem incidentes de maior exceptuando do facto de a cozinha ter fechado a meio do jantar deixando-nos sem sobremesa. Lá ficámos nos copos até sermos expulsos do restaurante. Literalmente.
Uma manhã atribulada. Uma tarde à pressa. Uma noite frustrante. Assim acabou o dia. Para alguns.
Dia seguinte foi calmo. Passear e almoçar. Fazer as malas e viajar. Achei espantoso o check-in completo ser feito na estação de comboios e fora um atraso de quarenta e conco minutos no voo, nada a assinalar ou a marcar neste dia. Foi a noite que foi diferente.
Já junto à Vespa, ainda lá estava inteira e capacete no sitio. Tira o casaco do porta luvas, enfia o capacete, prende a mala com dois elásticos e siga. Bela noite. Segunda circular e vamos antes pela marginal que a noite está boa. Boa não. Linda. Lua quase cheia. Temperatura fresca mas amena. O rio e eventualmente mar, fantástico.
No constante pára arranca da marginal, entre semáforos de velocidade ou de cruzamento e rotundas, reparo que passo sempre por um carro que pouco depois me passa também. Reparo que lá dentro vai uma miúda. Ao terceiro ou quarto semáforo, sexta ou oitava ultrapassagem, pondero um sorriso e um aceno. Não o faço para não me desiludir, as miúdas Portuguesas são todas umas antipáticas. Vai com certeza arrebitar o nariz, acusar-me de violação enquanto procura o seu spray de pimenta para me neutralizar.
Mais uma paragem e olho para o lado, para ver melhor quem vai ao volante. Não só é uma miúda, como ainda por cima é bem gira. Um bonito sorriso. Sorriso? Sim! É ela que sorri para mim e me acena à medida que arrancamos do sinal. Aceno e sorrio de volta. Ela baixa-se atrás do volante como se estivéssemos a fazer uma corrida. Solto uma gargalhada e faço o mesmo. Claro que o Punto passa a Vespa, mas nem estávamos a acelerar. Era mais o gozo. Rotunda, passo por ela. Recta, passa ela por mim. Sinal vermelho lá nos encontramos outra vez. Mais uns sorrisos, mais uns teatros de corridas e passamos um pelo outro mais umas vezes. Sempre a rir.
Mais um sinal vermelho, olho para o lado e ela diz-me adeus, que vai virar. Faço-lhe sinal que tenho pena, ela diz-me que gosta da minha Vespa eu pergunto-lhe por sinais "então e eu??" Ela desata-se a rir o sinal vira verde despedimo-nos mais uma vez e fomos cada um a seu caminho. Eu com um sorriso de orelha a orelha, com a noite ganha. O dia ganho, diria mesmo. Imagino que ela também deve ter ido ao seu destino com um sorriso. É preciso tão pouco para andarmos todos mais bem dispostos. Uma pitada de sentido de humor com uma dose de sorriso e está a mistura feita para o bom humor. Se por ventura algum dia me leres miuda do punto branco com tampa de gasolina preta: Obrigado.
Não. As miúdas Portuguesas NÃO são todas antipáticas. Há excepções. Esta foi uma.
segunda-feira, 9 de junho de 2008
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Comunidade Europeia...
Que os Espanhóis não têm grande jeito para línguas, já sabemos...
Que os Franceses (Parisienses em particular) se recusam a falar outra coisa senão um perfeito Francês, já sabemos...
Que os Ingleses não falam mais nada porque no fundo não precisam, também já sabemos...
Agora os Alemães? Esses estão muito à frente...
Que os Franceses (Parisienses em particular) se recusam a falar outra coisa senão um perfeito Francês, já sabemos...
Que os Ingleses não falam mais nada porque no fundo não precisam, também já sabemos...
Agora os Alemães? Esses estão muito à frente...
Nota mental numero 323
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