Acordou. Não se lembrava de nada. Olhou à volta, doíam-lhe os ouvidos. Barulho, constante, repetitivo. Olhou à volta sentiu um peso nas costas. Tinha uma mochila às costas. Olhou à volta novamente. Era um avião. As dores nos ouvidos dizia-lhe que estava a subir, o barulho era alto havia uma porta aberta, havia vento, barulho. A mochila era um pára quedas. Olhou pela porta aberta e viu que ainda agora tinha começado a subida. O chão ainda não estava longe e a pista estava pouco atrás. Percebeu que tinha de saltar, mas o chão ainda estava perto. Se saltasse cedo demais poderia não ter tempo para abrir o pára quedas. Resolveu esperar. Esperar por um pouco mais de altitude para saltar em maior segurança. Não podia, no entanto, esperar muito pois com a altitude viria a falta de oxigénio e um sono constante. Não interessa para a história quem pilotava o avião, isso é raciocinio de mentes racionais. A sua não era. O avião não podia subir muito, ele não podia saltar já, a gasolina podia acabar, tinha de saltar. Teria de esperar o momento certo. E se o pára quedas não abrisse?
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